quinta-feira, 15 de maio de 2008

...Cinema

No último feriado assisti no cinema ao filme "Vermelho como o céu". Quando saí da sala de cinema, já sabia que seria inevitável não falar sobre ele aqui.

A película, baseada em fatos reais, narra a infência de Mirco Mencacci que depois de um acidente no início da década de 1970, foi perdendo gradualmente a visão. O garoto que sempre fora apaixonado por cinema, é obrigado a ir para um internato especial para deficientes visuais, já que nessa época as escolas da Itália não aceitavam crianças com algum tipo de deficiência. É lá que, com a acompanhado de um gravador o garoto começa a descobrir como explorar os diferentes sons.

As composições de som do filme são perfeitas, as gravações feitas por Mirco dos sons da natureza, são verdadeiras poesias, que me deixaram ainda mais impressionada com o poder que uma trilha possui. Além disso, o filme traz um grande exemplo de superação, Mirco Mencacci para quem não conhece é hoje um dos editores de som mais respeitados das indústria cinematográfica italiana.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Dias das mães...

Domingo antes de ir pra igreja minha mãe olhou pra mim e viu a roupa que eu iria vestir. Era um macação sem manga, e antes que ela abrisse a boca, só pelo seu olhar, eu já sabia o que ela diria, e assim aconteceu: "Tá frio lá fora hein..." Ok, mãe, vou colocar um casaco. Depois saí do quarto já vestida mas ainda sem casaco, e quando ela olhou pra mim, o olhar era o mesmo de antes e ela repetiu: "Tá frio lá fora...". Na hora fiquei até brava: " Tá mãe, eu já disse que vou colocar um casaco". Mas foi então que parei pra pensar em como é ser mãe, como ela sempre fica preocupada que eu passe frio lá fora, como antes quando eu era criança e ela ia pelo menos duas vezes vezes durante a noite no meu quarto me cobrir por saber que eu me mexia muito e acabava ficando descoberta. Como ela passava noites em vigília quando eu ou meus irmãos estávamos doentes. Ainda posso sentir o gosto da sopinha que ela fez pra mim quando eu tava com caxumba e mal conseguia abrir a boca. Ou da laranja lima que ela me dava quando eu tava resfriada. E muitas lembranças vêm do dia anterior, porque ainda hoje com meus 20 e poucos anos ela faz meu suco favorito, compra tudo que ela sabe que eu gosto de comer, prepara almoços especiais pra mim, manda eu comer mais frutas e calçar o chinelo no inverno, até hoje ela me diz: "Tá frio lá fora hein".



Será que o dia das mães foi domingo? Pode parecer clichê, mas dedicar um domingo pra elas no ano não é homenagem, precisamos delas todos os dias, talvez nem todas estejam perto, como eu que já morei 5 anos longe da minha, mas saber que elas existem é que nos faz bem.


P.S. Tava muito frio mesmo, se eu não tivesse levado um casaco...